Filha do roubo
chama
pela manhã,contra o rítmo frenético
sai da caneca
e lhe faz companhia
em movimento
de harmonia
nas ruas
de escapamentos
e chaminés
acompanha
o desejo de seus pés
- e escapa-
no almoço,quase imperceptível
adorna o salgado
recheado
-que do alimento
só traz um esboço-
ao final do dia
compartilha os primeiros versos
na janela suja, que segue
de poste
em poste
na quinta estação
descortina seus olhos de cobra
em lágrimas apimentadas
sobre o sal do trabalho
e no eco noturno
do quarto
do cinzeiro
serpenteia-lhe
um poema
de tudo que não foi
seu dia
2 comentários:
Se é que me permite dizer, amo você!
Beijos, Bia!!
E continua c/ a leveza da alma de uma criança.
meu kerido eterno palhaço.
Tutu
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