segunda-feira, 12 de novembro de 2007

K néca

_ Há sim, uma viagem clandestina à lugar nenhum, dentro do vazio da caneca. Viagem que precede a viagem. Como antes de deslocar e caminhar com a caneta no infinito do branco. Como a possibilidade de deslizar-se na vida de um ponto quente a outro continente. Lá a neve cobre a folha . É como o presente de natal prestes a chegar. Tudo bem que o Natal não chegou, só o presente. E Natal é coisa de espera, ou era, talves agora só seja coisa de cartão. De credito. Entende? Nem eu. Partirei no final de dezembro. As malas preparam-se em suaves dobras. As amizades e as canecas. As canecas têm algo de angelical, acolhedora e forte. Caneca é coisa de intimidade. E quando chegar à Europa estarei sem minha legião, estaremos no auge do inverno. Que bom. Se a real utilidade da caneca está em seu vazio, minha cabeça está no caminho. Essa viagem clandestina de alegria que já me leva em tempo real onde eu tenho que estar. Aprendendaprender. A viagem já começou. Quer chá?

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