As gotas de sangue
na calçada
a violência
do impacto
sapato
entre aço
osso
moça
os dedos vermelhos
seguram as mãos do taxista
em pânico
chapéu
na cabeça
coração
na boca
olhos curiosos
formam um colar
em torno do sacrifício
o menino do picolé
uni-se ao coro
em pé
ao lado
do gerente do café
o passageiro
de malas na mão
recolhe
os óculos que
brados
do chão
as sirenes
abrem caminho para o alívio
que não chega
o grito do taxista
os olhos
o silêncio
a bandeirada
cobrem o rosto
de anjo
na rua
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