Para matar a fome
vende-se a vida
para viver um sonho
não se come
dorme
esquece seu nome
não precisa
perdeu-se nas cinzas
da ponta de cigarro
a cada cidade
é novo indigente
por vezes contente
por não ser mais gente
que sonha
que dorme
que come
se ainda há vida
só resta esperar que se acabe
na escuridão
escondida à beira dos dias
um pouco
em cada saco de lixo
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