terça-feira, 4 de setembro de 2007

A era antiga

A era antiga a escuridão se preza
e mesmo fazendo-se de luz
não clama

no presente sucede a beleza
o brilho bastardo que da história
emana


as folhas do tempo o nutre em atributo
e o grotesco se faz belo

anônimo
sem reduto

pelos quatro cantos do mundo
cantam os homens de pedra
à pátria
estáticos sob os cílios de corvo

o disfarçar-se compensa o desdém
mas o negro véu revela
na sombra
os óculos do presente

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