Não há lugar
melhor
que o nosso lar
ouvidos surdos
olhos cegos
bocas mudas
mãos
que batem
mostram o caminho
rua
na calçada
acalento materno
endurece
aquece
evapora
as lágrimas
petrificadas pela dor
anônimos passam
noite
dia
preenchem o retrato
da família
o caminho de casa
se perde
nas lembranças dos castigos
o preço da tarefa
não cumprida
embebido
nos goles
creatinos
toda urina do penico
da louça suja
colheradas frias
toda comida
estragada
no atraso do jantar
braços
punhos
couro
marcam o lembrete
no corpo
a casa
lar
no mundo
não hámelhor
Nenhum comentário:
Postar um comentário