Sentado na calçada de chapéu na mão
e olhos no chão
espera pelo riso que há tempos partiu
não se sabe porque, talvez por crescer
e deixar entender
que de início podia estar escondido
no encontro da barba e o bigode
Podia estar tentando voar com a gravata borboleta
ou em busca de sossego mudou-se
para a casa do botão
fechando-se para as batidas
os dedos na cabeça despenteada
deduzem se não havia escorregado
pelas calças largas – seguras por um barbante –
e entre um calo e um dedo no trabalhoso sapato
se enforcado
não há meias
e no couro sem graxa
há um furo
de onde se pode ver o mundo
Um comentário:
Surrealista de montão!!! Obrigada pela oportunidade de ler meu ídolo Salvador Dali
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